Foto: www.soucatarina.com.br
ELIANE HUNING CORONA
( BRASIL – SANTA CATARINA )
Nascida em 1973.
Possui formação em gestão pública e gestão imobiliária.
Reside em Chapecó/sc. Participa da Associação Chapecoense de Escritores – ACHE, na qual colabora em vários projetos: Retrato Literário, Antologias, Poesia aos quatro ventos, Cartão Postal, e Minicalendários.
Membro da Academia Internacional de Artes, Letras e Ciências “A Palavra do Século 21” – ALPAS 21, de Cruz Alta/RS, cadeira no. 84.
Artista plástica, como sócia como sócia correspondente, participa da Casa de Cultura de Laguna/SC.
Representante de Chapecó junto ao MERCOSUL.
elianeah@unochapeco.edu.br
VENZON, Altayr; MONCKS, Joaquim; RODRIGUES, Darcila (organizadores). Antologia da Casa do Poeta Rio-Grandense Coletânea Literária. Porto Alegre/RS: Antonio Soares /Edições Caravela, 2025. 216 p. ISBN 978-85-8375-027-7
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo Brito (livreiro) em 2024.
01.
Olhos cerrados para não ver
o córrego de águas claras
a inundar a face nua.
Planejo, vejo, revejo
e palavras calcinadas
na língua não deixam
falar de amor.
A lâmina fina da vida
redesenha o meu destino.
02.
Protegei-me, solidão amiga,
de amores funestos
que nada oferecem,
nem tecem alma divina.
Cura ferida antiga,
onde brotam as emoções
fecundas nas fantasias.
Florescem nas alegrias das horas,
Sucumbem no amanhecer.
03.
Do abismo
sucumbi aos desejos.
Momento de certeza
fecundado na emoção.
No infinito do sorriso
vi nascer a flor da alma.
Do lábio quente,
as mais lindas palavras.
Na meiguice de seu toque
vi a vida deslizar,
Fez-se do labirinto
lugar para sonhar.
04.
Noite majestosa.
Sob a luz fantasiosa
da memória
te busco.
Face outrora fresca
guarda recordações.
Ar limpo e perfumado.
Sinto alegria revigorada
e deixo seguir a marcha
imposta pela vida.
05.
Chegou com a chuva!
Não deixou rastros.
Debaixo de brancas abas
em chamas.
Amor tão puro e limpo
Usando sandálias de seda entrou.
Travesseiro molhado em silêncio
fica ali.
Nenhuma promessa
Futuro?
Presente da vida!@
06.
No vigor de horas mortas,
paraíso é holocausto.
Desejo de fama e glória
deixa o pecado aparecer,
foge da vida.
Medo!
Ilusões fazem crescer,
criam abismos
entre o real
e o irreal viver.
07.
Desfaço-me da morte
ou da vida?
Luto por amor
ou birra?
Sofro pela falta
ou pela ferida?
Choro de desejo
ou dor contida?
Verdade insana
ou saudade reprimida?
*
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Página publicada em janeiro de 2025
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